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nov

Harrison Okene

Essa notícia foi bem divulgada na época, mas vale a pena relembrar pois ela é incrível, vamos lá…

Cozinheiro do navio, Okene, 30, estava a bordo do rebocador Jascon-4 quando ele naufragou em 26 de maio de 2013 por causa de uma forte tempestade no Oceano Atlântico a cerca de 30 km da costa da Nigéria, quando estabilizava um cargueiro de petróleo em uma plataforma da Chevron. Dos 12 a bordo, mergulhadores recuperaram dez corpos, enquanto outra pessoa continua desaparecida.

De alguma forma Okene sobreviveu, respirando dentro de uma bolha de ar de quase 1,3 metro de altura enquanto ela encolhia nas águas que lentamente subiam do chão de um banheiro minúsculo e quarto adjacente onde ele buscou refúgio.

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Vestido apenas com sua roupa de baixo, Okene Harrison sobreviveu por um dia no banheiro exíguo, segurando-se no lavatório inclinado para manter sua cabeça fora da água. Ele criou a coragem para abrir a porta e nadar para dentro do quarto do oficial e começou a arrancar os painéis da parede para usar como uma pequena balsa para ficar fora da água gelada. Ele percebeu que estava sozinho na escuridão.

“Mas podia perceber que os corpos dos meus colegas tripulantes estavam perto. Podia sentir seu cheiro. Os peixes entraram e começaram a comê-los. Pude ouvir o som. Foi horrível.”

O que Okene Harrison não sabia era que uma equipe de mergulhadores enviados pela Chevron e pela proprietária do rebocador, a West African Ventures, procurava os tripulantes, com a ideia de que já estavam mortos. Então, na tarde de 28 de maio, Okene os ouviu.

“Ouvi um som de um martelo batendo no barco. Mergulhei e achei um distribuidor de água. Puxei o filtro de água e bati no lado da embarcação esperando que alguém me ouvisse. Então o mergulhador deve ter ouvido um som.”

Os mergulhadores entraram no navio e Okene viu a luz de uma lamparina no capacete de alguém. “Eu nadei e toquei nele. Acenei com minhas mãos e ele ficou chocado”, disse Okene com seu alívio ainda visível.

A equipe de mergulhadores colocou uma máscara de oxigêneo em Okene, bem como um roupa e um capacete de mergulho, e ele chegou à superfície às 19h32, mais de 60 horas depois de o barco ter afundado.

Okene disse que passou mais de 60 horas em uma câmara de descompressão em que a pressão de seu corpo voltou ao normal. Se tivesse sido exposto imediatamente ao ar de fora, teria morrido.

O cozinheiro descreve sua história de sobrevivência como um “milagre”, mas as memórias de seu período na escuridão das águas ainda o perseguem e ele não tem certeza se algum dia voltará ao mar.

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